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Salão Brasil

1973

Assassinato de Octávio Moreira Júnior - outras vítimas em 1973

21/02/73 – Manoel Henrique de Oliveira – Comerciante – São Paulo
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo, como já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas da ALN que resolveram almoçar no restaurante Varela, no bairro da Mooca. Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de prisão. Reagindo, desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final, três terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir. Erroneamente, a ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à delação de um dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo.
O comando “Aurora Maria do Nascimento Furtado” foi encarregado da missão e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante Manoel Henrique de Oliveira, que foi metralhado. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN, impressos no Centro de Orientação Estudantil da USP.

22/02/73 – Pedro Américo Mota Garcia – Civil – Rio de Janeiro
Por vingança, foi “justiçado” por terroristas por haver impedido um assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.

 

 

25/02/73 – Octávio Gonçalves Moreira Júnior – Delegado de Polícia – SP
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de repressão, um “Tribunal Popular Revolucionário” decidiu “justiçar” um membro do DOI/CODI/II Exército. O escolhido foi o delegado de polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25/02/1973 - Carlos Alberto Martins - O delegado Octávio acima citado viajou para o Rio de Janeiro. Sábado amanheceu no Rio e foi para o apartamento onde sempre se hospedava. Foi à praia, jogou vôlei e, na volta, foi almoçar no Leme com seu amigo Carlos Alberto Martins. Voltou do almoço e não notou um automóvel Opala estacionado na esquina da Avenida Atlântica com a Rua República do Peru. Os terroristas estavam no Opala,

Desarmado, parou em um orelhão para telefonar. Nesse momento, Bete Chachamovitz fez um sinal e o apontou para os assassinos. Três terroristas partiram em sua direção. Uma esteira de praia, debaixo do braço de um deles, escondia uma carabina calibre 12 mm.

De dentro da esteira partiu o primeiro tiro que o atingiu pelas costas. O impacto foi tão forte que o derrubou. Um segundo tiro atingiu um crucifixo no seu peito  O outro homem aproximou-se; deu-lhe mais dois tiros no rosto, deformando-o. Os últimos tiros foram disparados de uma pistola 9 mm. Ele morreu instantaneamente. Seu amigo, Carlos Alberto, foi ferido com dois tiros, mas sobreviveu. Os assassinos jogaram panfletos sobre o corpo e fugiram em seguida.

 12/03/73 – Pedro Mineiro – Capataz da Fazenda Capingo

“Justiçado” por terroristas na Guerrilha do Araguaia.

 28/06/1973? - Jacques Moreira de Alvarenga - No dia 5 de abril de 1973 o “comandante Amadeu” foi preso e  “entregou” vários militantes , inclusive o professor Jacques, que também foi preso. Durante seus depoimentos na polícia, o professor “abriu” um contato que teria com Merival. Preso, Merival “abriu um ponto”. Levado ao local para a “cobertura”, tentou fugir e foi morto.

Um mês depois o professor foi solto. Era preciso vingar Meriva. O “Tribunal Revolucionário” o condenou à morte. Levantaram os hábitos do professor. Em 28 de junho de 1973, às 11h15, Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto, “Luís”, que também participara do assassinato do delegado Octávio, chefiando dois militantes, rendeu o porteiro do Colégio Veiga de Almeida, da Rua São Francisco Xavier, na Tijuca. Invadiram a escola e encontraram o professor Jacques sentado numa sala de aula, Quatro tiros de pistola .45 mataram o professor, menos de três semanas depois de ter sido solto. 

24/07/73 – Francisco Valdir de Paula – Soldado do Exército – região do Araguaia – PA

Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá, fazendo parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi identificado pelos terroristas e assassinado.

 

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