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Salão Brasil

1968

Assassinato do Capitão Chandler

Em setembro as organizações comunistas resolveram executar o Capitão do Exército dos Estados Unidos da América, Charles Rodney Chandler, aluno bolsista da Escola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado.

Morava em São Paulo com a esposa e dois filhos pequenos. Segundo entendiam Chandler era um agente da CIA.

No início de outubro, um “tribunal revolucionário” condenou o Capitão Chandler à morte.

A data escolhida para o crime foi o dia 8 de outubro, que assinalava o primeiro aniversário da morte de Guevara. Chandler não saiu de casa, e os três terroristas decidiram suspender a ação. Quatro dias depois, em 12 de outubro de 1968, chegaram ao local às 7 horas. Às 8 horas e 15 minutos, Chandler dirigiu-se para a garagem e retirou o seu carro, em macha à ré. Enquanto seu filho, de 9 anos, abria o portão, sua esposa aguardava na porta da casa, para dar-lhe adeus. Os terroristas avançaram com o Volkswagen, roubado antes, e bloquearam o caminho do carro de Chandler. No relato de Pedro Lobo, “nesse instante, um de meus companheiros saltou do Volks, revólver na mão, e disparou contra Chandler”. Era Diógenes José Carvalho de Oliveira, que descarregava, à queima roupa, os seis tiros do seu Taurus de calibre.

E prossegue Pedro Lobo, que dirigia o carro: “Quando o primeiro companheiro deixou de disparar, o outro aproximou-se com a metralhadora INA e desferiu uma rajada.

Não havia necessidade de continuar disparando. Chandler já estava morto. Quando recebeu a rajada de metralhadora, emitiu uma espécie de ronco, um estertor, e então demos conta de que estava morto”. Quem portava a metralhadora era Marco Antonio Braz de Carvalho. A esposa e o filho de Chandler gritaram.

Após Pedro Lobo ter lançado os panfletos, nos quais era dito que o assassinato fora cometido em nome da revolução brasileira, os três terroristas fugiram no Volks.

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