No dia 20 de março de 1991 partiu do solo cubano o major Orestes Lorenzo em um caça MIG-23, o avião mais moderno da Força Aérea Cubana. 
A toda velocidade e baixa altitude cruzou em menos de 10 minutos os 150 Km que separam Cuba dos Estados Unidos. Rés ao mar, nem os radares cubanos nem os norte-americanos o detetaram pelo que pode aterrizar na Florida e ser considerado refugiado político.
    Como Fidel Castro não permitiria a saída da família do militar, Orestes recorreu à comissão de direitos humanos da ONU, sem resultado algum. Mesmo outras tentativas foram infrutíferas.
Raúl Castro, através de seu assistente pessoal, fez chegar a resposta à esposa do Major: “Dígale a su marido que si tuvo los cojones para llevarse un avión, que los tenga también para venir a buscarles personalmente...
Às cinco e cinco na tarde de sábado, 19 de dezembro de 1992, Orestes Lorenzo entrou no Cessna 310 em Cayo Marathon, ao sul da Florida, para a missão mais perigosa da sua vida, o resgate da sua família em Cuba. 
Logrou êxito e atualmente Orestes é um próspero empresário em Miami.

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